Desde o nascimento do nosso bebé, que os pais estão sempre preparados para perceber e satisfazer as necessidades do seu pequeno. É natural, queremos que o nosso bebé esteja bem, cresça bem e acima de tudo que se sinta confortável.
Os primeiros meses de vida do bebé são de pura dependência e os pais iniciam o seu caminho na maternidade e paternidade. É um período de inseguranças e de tentativas para perceber como devemos introduzir um certo alimento, qual o produto para a pele do nosso bebé ou se ele vai gostar de um determinado sabor. O mesmo acontece com as atividades que começamos a fazer com os nosso bebés — ver qual é o jogo que mais gosta ou perceber se vai gostar de fazer aquele passeio. Contudo, os pais terão um período em que o bebé irá receber o que os pais acharem melhor para ele comer e fará o passeio que os pais organizarem com tanto carinho. Claro, sempre considerando o mais indicado visto que é uma atividade a ser feita com um bebé.
O crescimento e desenvolvimento do bebé faz com que o pequeno comece a ter a sua própria personalidade, pois já começa a expressar-se, a gatinhar e está a um passo de começar a andar. Assim, existe aqui um sentido de independência que o bebé ganha e que o faz um bocadinho mais dono do seu próprio nariz. Todos nós gostamos de dar a nossa opinião ou responder a algo que é do nosso agrado ou pelo contrário. O nosso pequeno está a iniciar a sua caminhada, para se tornar num ser humano independente e capaz de saber o que quer e não quer.
Hoje, no blogue, queremos exatamente tocar neste ponto. É notório que o bebé, ao longo do seu desenvolvimento, começa por fazer várias expressões faciais e chega até a dizer um não redondo aos pais. Estamos perante diferentes fases de crescimento do nosso pequeno que, por vezes, podem ser difíceis de lidar, ainda por cima se for as primeiras vezes.
A pergunta que queremos fazer hoje é: como reagiram quando o vosso filho ou filha responderam com um não? Nós ficaríamos espantados e não saberíamos o que fazer. Como é que o nosso pequeno já responde com tanta convicção "não"? Ainda por cima, faz birras por tudo e por nada, principalmente quando recebe um "não" de volta. Será uma fase? Já é suposto termos este tipo de crises? Bem, são muitas perguntas e nós quisemos perceber melhor sobre este tema.
O que conseguimos compreender é que, na realidade, os bebés podem estar numa fase do "não". Aquilo que seria o período em que estávamos de boca aberta e espantados sobre o que os nossos bebés conseguiram no dia a dia, agora começam a querer testar a nossa paciência e autoridade. Normalmente, esta fase começa quando o bebé já demonstrar alguma independência, já sabe gatinhar e, de uma forma ou outra, consegue falar. O nosso pequeno, certamente, irá arranjar uma forma forma de expressar o que gosta e não gosta. Com tantos "nãos", o espanto começa a desaparecer e, começamos a ter momentos em que a nossa paciência está no limite. É compreensível. Sabemos que, nem sempre é fácil, mas devemos nos manter calmos.
Segundo as informações que fomos recolher e analisar, o bebé começa a dar nomes aos objetos, situações específicas e pessoas, para além de dizer "mãe" e "pai". No período entre os 18 e 24 meses, inicia as suas descobertas por novas palavras, sendo um delas a favorita dos pais — o não. Parece que tudo é uma oportunidade para dizer a palavra.
Esta atitude adotada pelas nossas crianças, que começam a saber compreender que existe algo simbólico na linguagem, sendo neste caso, o conceito de negação. Tais desenvolvimentos, são um grande passo para o bebé.
É a nova palavra que o bebé aprende e será uma ótima oportunidade para testar a nossa autoridade, ver qual é a nossa reação e ver até onde pode explorar esta situação. E nós temos que tentar estar firmes e termos o pensamento de que isto será uma fase e, por isso, vai passar.
Uma coisa é certa, o bebé está numa fase de descoberta — dá os primeiros passos, diz as primeiras palavras — torna-se independente. Desta forma, é aqui que a personalidade do nosso pequeno começa a surgir. Como tal, outras expressões como "eu quero" ou "tu não" fazem parte deste processo e aparecem sempre quando faz uma birra.
Compreendemos que é uma fase necessária para a nossa filha ou filho, mas começa a ser frustrante ter esta sensação que temos que nada do que possamos dizer irá ter algum efeito e não há qualquer tipo de reação. Para a criança, utilizar a palavra "não" é uma forma de se afirmar e de dizer "eu estou aqui e tenho algo a dizer". Deste modo, a sua personalidade começa a ter forma e será uma oportunidade de se poder diferenciar dos pais.
É natural esta mudança de comportamento por parte do nosso pequeno. Os limites do pai e da mãe irão ser muito testados e poderá haver situações em que as nossas crianças podem mudar, de um momento para o outro, de atitude para com as pessoas.
Mas, será que todos os "nãos" que os nossos bebés dizem significa mesmo "não"? Bem, fomos tentar compreender os vários significados dos "não". É complexo, é difícil, mas eles existem:
- Momento em que lhe é apresentado um novo alimento— um "não" firme;
- Momento de o colocar no carrinho— um "não" amuado, porque deixou de estar a jogar o seu jogo favorito;
- Momento depois de uma grande birra— um "não" cansado de toda a energia que gastou na birra;
- Momento em que o "não" quer dizer "sim"— um "não" com um abanar de cabeça a dizer que "sim";
- O hábito de dizer que "não"— por vezes, pode dizer "não" a algo que gostaria de ter ou fazer.
Nesta fase, o bebé irá fazer com que os pais percebam, que só irá fazer alguma coisa se for ele ou ela a mandar. No entanto, nós como pais devemos mostrar que somos nós que tomamos as decisões. Este pensamento pode ser difícil pô-lo em prática, pelo facto de em várias situações não conseguirmos fazê-lo da forma mais calma ou de a nossa paciência começar a ser reduzida.
Com tais situações de pouca paciência ou de não saber como podemos demonstrar ao nosso filho ou filha que somos nós a mandar, fomos procurar algumas ideias de como podemos mantermo-nos calmos e firmes em situações em que a criança pode pô-las à prova.
A primeira dica que apontamos foi — encontrar um equilíbrio: devemos ser firmes, mas não em demasia. Se formos demasiado permissivos, estaremos a permitir à criança que crie as regras. Por exemplo, se a criança utilizar algumas vezes o "não, devemos permanecer firmes e calmo, tentando não dar muita importância. Se formos demasiado firmes, podemos estar a criar uma situação em que a criança se possa sentir humilhada, o que pode ser um fator determinante na personalidade da pequena. Sabemos que não é uma tarefa fácil, mas devemos tentar criar um equilíbrio e evitar entrar em disputas. Um reconhecimento e uma cedência ocasional, também poderá acontecer.
A segunda dica para esta situações será manter a criança distraída. Brincar com o seu brinquedo favorito, contar uma história ou até uma distração que venha de outras situações — numa viagem de avião ou de comboio em que outras pessoas interagem com a criança — podem ser contextos que os pais podem estar eternamente agradecidos. Desta forma, as potenciais birras acompanhadas de "não" podem ser evitadas com sucesso.
A terceira dica, consideram ser a regra principal: fazer com que a criança compreenda que são os pais quem decide e manda. Marcar os limites criados e definidos pelos pais é essencial para a criança compreender que um "não" é um "não".
O crescimento e desenvolvimento do nosso bebé, permite-nos perceber que devemos ter certos cuidados. Um deles é fazer com que as crianças percebam que os pais são quem decide. Permitir que o bebé dite as regras será algo natural para ele, mas para os pais será uma grande dor de cabeça.
Percebemos que a principal dificuldade é criar um equilíbrio que permita uma definição de limites criados e acordados pelos pais e cumpridos pelo filho ou filha. Torna-se importante para a criança perceber esses limites, porém não significa que alguns determinados "não" sejam aceites ocasionalmente.
Um aspeto que queremos deixar evidenciado é a palavra equilíbrio. Ao longo da pesquisa e análise das informações que recolhemos e partilhamos aqui com vocês, é primordial não esquecer este conceito.
As nossas crianças estão a passar por uma fase do "não" e os pais terão de ser firmes e definir regras. Contudo, deverá existir um equilíbrio. No final, queremos que tanto as crianças como os pais estejam bem e que ultrapassem esta fase da melhor forma possível — irão de certeza os dois aprender com esta situação. Sabemos que não vai ser fácil, mas vai correr tudo bem.
Hoje, falamos desta fase do "não" e como ela pode ser difícil para os filhos e para os pais. Assim, trouxemos estas dicas com o intuito de ser uma ajuda e podermos perceber o que é que pode significar um simples "não" de uma criança.
E vocês? O vosso pequeno ou pequena utilizou muitas vezes o "não"? Durante esta fase, que dicas utilizaram e que foram uma grande ajuda? Partilhem connosco a vossa experiência. Queremos saber a vossa opinião.
