Passaporte digital pode ser uma das soluções para alargar a vida da moda. Sim, um passaporte, como aquele documento que nos identifica - tem o nosso nome completo, data de nascimento, sexo, a nossa altura e onde nascemos. A mesma ideia, mas aplicada a um produto. Essencialmente, dar a possibilidade as umas calças de ganga, uma carteira ou perfume que possamos comprar, de ter um documento com a informação sobre o ciclo de vida pormenorizado - apresenta a sua origem, onde e como foi produzido ou que tipo de materiais a constituem. Podemos ainda dar mais detalhes, como preservar o produto ou dicas para estilizar com outras peças. Queremos mais informação, então podem ser colocados o histórico do produto (a sua garantia de autenticidade ou se alguma vez foi posto para revenda).
Hoje em dia, as pessoas têm mais consciência sobre as alterações climáticas. Marcas e consumidores adotam as melhores práticas, criando um impacto positivo para o nosso planeta, mas continua a existir muito trabalho que precisa de ser feito e que, muitas vezes, não é totalmente explorado e reconhecido. Para isso, o nosso interesse em tomar as melhores decisões e aprender mais sobre a nossa pegada ambiental, precisamos de estar atualizados para que possamos estar mais envolvidos e adaptarmo-nos àquilo que é melhor para o nosso planeta.
O passaporte digital do produto pode ser considerado uma grande mudança na indústria na moda nos próximos anos. Cada vez mais, as marcas começam a localizar e a perceber qual pode ser o seu verdadeiro impacto no seu processo de fornecimento e dos produtos que vendem. Para os mais curiosos, esta informação pode estar concentrada num simples código QR, que pode tornar tudo mais transparente sobre onde e como o seu produto é feito. Toda esta informação verificada irá permitir às marcas partilhar as suas reivindicações, a sua pegada verde e dar a liberdade ao consumidor de comprar de acordo com os seus valores.
Queremos criar um movimento mais próximo da circularidade, onde o produto não seja descartado, mas sim que seja reutilizado no futuro. Manter as marcas ligada aos seus produtos, após a sua venda, é mantê-los em circulação por mais tempo.
Um dos grandes problemas na moda é a falta de transparência com a forma como uma peça é produzida, o que torna difícil para o consumidor perceber o que estão a comprar. Aqui entra o passaporte digital do produto, que surge com a nova legislação da União Europeia, mas, também, vem a ser adotado por outros países como Inglaterra. Além disso, várias marcas de luxo têm sido alvo das startups tecnológicas especialistas nesta área, que acreditam poder dar resposta a uma pergunta simples, que a maioria das marcas ainda não consegue responder: o que acontece aos vossos produtos quando chegam às mãos dos clientes?
Desde do início que na Wedoble quisemos ser sempre transparentes com os nossos consumidores e, ao mesmo tempo, colocar-nos na fila da frente quando estamos a falar do meio ambiente. Ser uma marca amiga do ambiente requer conhecimento e uma constante procura por novas práticas para implementar.
No nosso caso, foi crucial trazer o passaporte digital para as nossas peças. Desde a recolha da matéria prima, onde e como é produzido e o que pode ser feito após um casaco já não servir a uma criança — soluções: uma possível reciclagem e reutilização do material da peça.
Uma das novidades que não poderíamos estar mais orgulhosos de aplicar na nossa marca é a criação do passaporte digital para as nossas peças. É, sem dúvida, um novo mundo que estamos e queremos continuar a explorar. A realização deste passo significa uma grande evolução e irá adicionar ainda mais valor ambiental ao nosso trabalho, que é o nosso objetivo desde o dia 1. O nosso passaporte digital está associado a um código QR nas nossas etiquetas — inclui todo o ciclo de vida da peça (desde a recolha de matéria prima até à entrega da peça ao consumidor). Queremos incluir o nosso planeta em tudo o que fazemos e, para isso, trazer a economia circular, sustentabilidade e a possibilidade de poder retribuir os recursos que utilizamos do nosso planeta, todos os dias, para a produção das nossas peças.
Irão ver as novas etiquetas com o passaporte digital na próxima coleção que estamos a trabalhar. Fiquem atentos!
Especialistas preveem que a sustentabilidade estará na agenda da indústria da moda em 2023. Esperemos que este aspeto continue a vigorar e a evoluir, cada vez mais, em todas as áreas e, no caso, nesta indústria.
E vocês? Queremos saber a vossa opinião sobre esta novidade e os progressos que se têm verificado na indústria da moda. E, também, que outro tipo de medidas acham importantes que estão implementadas ou que deveriam ser pensadas?